segunda-feira, 18 de março de 2013

Assassin's Creed III - Análise



E aí galera, beleza? Bom hoje estou aqui com a "minha" tradicional  "pequena" análise do jogo Assassin's Creed III e ela é mais voltada para a versão de PC (gameplay e tudo mais). Mas não serei eu (o dono do blog) que escreverá a "pequena" análise do jogo (tá aí a explicação das aspas na palavra [minha]), e sim um amigo meu, que já terminou o jogo (e também é mais fã da série Assassin's Creed que eu), e então aproveitei a oportunidade de pedir a ele que escrevesse aqui em meu blog sobre o jogo. Peço a compreensão de todos e também agradeço a todos que compreenderam.

Análise:

Introdução: Assassin's Creed III se passa um pouco antes, durante e um pouco após a Revolução Norte-Americana (Guerra de Independência Norte-Americana). Você como jogador começa o jogo do final do Revelations, com Desmond em 2012, com a missão sofrida de impedir o fim do mundo. Ao chegar e entrar na caverna (The Great Temple/ The Great Vault como queiram) ocorrem algumas coisas (sem spoilers) que fazem com que você volte pro Animus (dessa vez, versão 3.0).

Ali você vai jogar não somente com Connor Kenway (personagem principal que você revive suas memórias) mas também outro personagem logo no começo.

Campanha Parte 1 (estória): Portanto como dito, você vai de novo tomar controle de Desmond que por sua vez vai reviver as memórias de seu ancestral meio nativo norte-americano/meio britânico -  Connor Kenway (o nome indígena dele é meio difícil de se pronunciar, porém não menos importante, sem preconceitos por favor, o qual é Ratonhnhaké:ton).

Você joga com Connor desde pequeno brincando de esconde-esconde até a fase adulta dele como Assassino. Ele começa simples e para manter a tradição da série, algo trágico acontece com o personagem, que o faz buscar e encontrar a Ordem dos Assassinos (porém não acha que é fácil assim chegar entrando e ser membro da Ordem. Precisa de muito mais e o jogo mostra isso com clareza).
                                           
Connor é um tanto que "seco". É um personagem que fala pouco e é bem sério e quando resolve falar normalmente é explosivo, cheio de raiva. É imaturo e no começo comete muitas besteiras e não respeita tanto seu Mentor, além de sua ingenuidade e bondade ao extremo que o leva a confiar demais nas pessoas, e acaba não gostando das consequências. Como caráter, ele é um personagem cativante se você souber reconhecer seus propósitos: Justiça, bondade, liberdade e principalmente, igualdade para todos sem exceção. Quem reconhece isso, logo se conecta com ele, e quem não vê isso, acha ele chato, muito pior que Ezio Auditore, mas isso vai de opinião para opinião.

Sua estória é legal até, apesar de demorar muito para se desenvolver, se aprofundando demais e exageradamente, o que pode acabar te deixando entediado em alguns momentos. Porém de resto, é bem legal ver como ele se desenvolve e aprende na "raça" as coisas, levando várias lições da vida, aprendendo com os seus erros e como este aspecto se relaciona com a História real durante a Guerra de Independência Norte-Americana. O que é importante destacar aqui, é que, muitos vão jogar e achar que ele só é do lado dos Norte-Americanos, porém isso é um erro. Se você prestar atenção na reviravolta da estória do Connor com seus diálogos com seus alvos a cada assassinato e como isso se relaciona com História da Guerra de Independência, ele na verdade não está do lado de ninguém, só da Ordem e o jogo passa outra mensagem. Obs: algo sobre os conceitos de bom e mau, porém não posso entrar em mais detalhes.

Seu objetivo no jogo é claro: Matar templários e não se envolver tanto na Guerra, (a não ser que seu alvo esteja no meio de alguma batalha e em algumas das fantásticas batalhas navais) e isso de fato acontece. Também Connor procura um jeito de liberdade para seu povo, algo que o motiva desde o começo do jogo.

Já para a estória do Desmond, para não dizer outra coisa, é desapontadora do meio para o final. Começa bem, tem uma ideia legal . Há uma relação bacana com o seu ancestral (Connor), porém tem muitos buracos na narrativa da estória, assim como na estória da série inteira do Assassin's Creed que quem jogou os outros jogos, muitos não vão gostar do que acontece neste.

Muitos aspectos não foram abordados e se foram, foram muitos superficiais. Você tem 3 missões oficiais com o Desmond (quatro na verdade) e da metade da segunda missão para última, essa estória se desenvolve rápida e superficial demais (diferente do que acontece com a estória de Connor) deixando aquele gostinho de que não é bom o suficiente. Na verdade, não chega nem perto de bom. Seu final e conclusão parecem um esboço, um rascunho.

Campanha parte final - (gameplay - jogabilidade/gráficos): Connor pelo seu treino com os nativos e com os Assassinos é um especialista em dual wield ( tem facilidade em lutar com duas armas ou uma arma e um acessório ou sua mão e uma arma/acessório) enfim, inúmeras possibilidades. Sempre duas e ele portanto as usa com facilidade. A jogabilidade com todas as armas está bem legal e fluída, tirando às vezes algumas repetições de animações para diferentes armas. Porém não se iluda: apesar de Connor usar duas armas e ser bom nisso e rápido, os inimigos estão mais espertos e um pouco mais difíceis. Agora eles dão counter ( contra - atacam) no seu Kill Chain ( o que não acontecia no Brotherhood e nem no Revelations. Uma vez ativado o Kill Chain [Streak], antes era impossível algum inimigo te parar no meio a não ser que você não prestasse atenção). No terceiro jogo, para cada inimigo você tem que usar um tipo de botão no meio da Kill Streak para desarmá-lo e matá-lo.

Agora ao invés do counter (contra - ataque) comum e automático, a cada contra-ataque que você ativa, dependendo do arquétipo (tipo/patente) de soldado que você está enfrentando, você deve apertar logo em seguida um botão diferente e saber a partir daí pra cada arquétipo qual botão apertar após o botão de counter. Portanto, no PC por exemplo, aperta-se a tecla E e depois você escolhe apertar em seguida (Espaço - Desarmar, Q para algo diferente, Botão 1 do Mouse para matar direto) e etc. Muito legal essa ideia e com o tempo e prática, pega-se a ideia rapidamente.


O Stealth está aprimorado, onde agora sombras, arbustos, vendas (comércio) entre outros lugares são possíveis de entrar em blend (se esconder e se camuflar na multidão para que os guardas não o vejam), além dos locais clássicos de outros jogos. Também agora foi introduzido o sistema de Cover, no qual você pode ficar em cada esquina ou canto de caixas altas, assoviar (tanto do cover quando da carroça de feno entre outros) atrair seu alvo e matá-lo silenciosamente.



O Parkour (Free-Running)  que é a base de navegação do jogo está bem mais fluído, com movimentações mais reais e com muito mais variações. Agora não precisa apertar mais o High Profile, Movimentação e o Botão para Andar/Saltar. Agora é só apertar o botão de High Profile e se movimentar que Connor já começa a correr, e escalar. E ao correr no meio de uma multidão, Connor não esbarra e cai depois de um tempo. Agora automaticamente ele afasta as pessoas e continua em alta velocidade. Ele também passa diferentemente por cada obstáculo baixo cada vez que você aperta o botão de andar/saltar (os chamados "vaults" no Parkour). Connor também, diferente dos outros jogos, escala com facilidade as árvores, rochedos e etc. com velocidade tal que lhe permite ser quase um "animal".


Há também uma inovação no sistema econômico. Agora é a caça que lhe dá dinheiro. Você tem iscas, armadilhas, entre outras ferramentas e habilidades para caçar animais. Porém a qualidade é fundamental, assim como o cliente/local certo para se vender para se ganhar mais. Procure matar os animais sempre que possível com a Hidden Blade (Lâmina Oculta). A qualidade fica perfeita e você ganha muito mais.
Você pode vender na loja direto, trocar com alguns viajantes pela cidade, ou mandar comboios da sua Homestead (explicado logo abaixo), para vender seus produtos.

Há também os Challenges (desafios) para cada facção (Caça, Lutadores e Contadores de Mitos). São 3 níveis de challenge para cada e para visualizá-los, você só consegue ao completar cada nível.

As cidades que você abre, são Nova York e Boston, além da Fronteira (a parte da floresta selvagem que serve de acesso para as duas cidades além na qual, sua Tribo fica localizada).

Na fronteira há mais de 25 tipos de animais. Muito variado. Os fast travels (viagens-rápidas/atalhos) estão de volta, assim como na Fronteira tanto quanto nas duas cidades. Porém nas cidades, há a questão que você deve abrir um por um dos túneis entrando neles e explorando, o que acaba às vezes sendo frustrante e enjoativo.

Você também tem sua própria Fortaleza, ou Feudo, ou como quiserem, sua Vila (assim como na Villa Auditore). Porém agora você tem uma interação muito maior com o ambiente e com as pessoas que ali habitam/trabalham. Cada um tem sua função na sua Vila (chamada neste jogo de Homestead) e cada um tem sua estória, onde vai fazendo com que conforme seu envolvimento e conhecimento com esses trabalhadores e moradores da Vila vai avançando, mais coisas você pode possuir para dar upgrades para Connor e para vender. Você tem ouro, prata, madeira de qualidade, entre outras coisas para fazer e criar com esses trabalhadores e posteriormente vender.

A Brotherhood (Irmandade) está de volta. Sim, você vai ter que treiná-los, sim cada um vai ter meio que uma estória individual, e sim você vai ter que enviá-los para missões pelas 13 colônias. Porém para abrir cada Assassino (6 no total) você deve fazer as missões de liberações espalhados pelas cidades principais do jogo (Nova York e Boston).

Algo que está incrível nesse jogo é a Batalha Naval. O controle do navio é dinâmico e divertido, assim como o combate navio contra navio. Com o dinheiro ganho, na Homestead, você pode dar alguns upgrades no seu navio, como casco mais resistente, leme "hidráulico" (risos), e variações de canhões e munições. Muito legal.

Aconselho que ao avançar cada parte da estória com Connor, vá checar seu navio para as missões extras, que lhe beneficiam com um alvo templário, um pedaço de Éden, e muito dinheiro, assim como uma outfit (vestuário, vestimenta, roupa) nova. Muito bacana.

Para finalizar, os gráficos foram aprimorados, e estão de ótima qualidade (menos pela falta de expressão nos personagens dos dias atuais, Desmond e cia). De resto, o jogo é bom. Não ótimo quanto Assassin's Creed 2 e Brotherhood, mas é bom.

Multiplayer:  O multiplayer não houve muitas mudanças. O núcleo continua o mesmo: Alvo dado, alvo assassinado, próximo. O bom é que o sistema de counter e poder executar um stun está mais fácil, assim como saber com alguns segundos antes de ser atacado, mais ou menos a localização de seu assassino.

Está mais dinâmico, no sentido de que há novos modos, como o Wolf Pack, entre outros. Há a própria estória do empregado da Abstergo de novo, onde você abre documentos e vídeos sobre a Abstergo para desvendar seus segredos.

Seu personagem pode ter mais detalhes específicos modificados ao seu gosto o que lhe deixa único perante os outros players.

Nota do autor do blog: é isso aí galera. Essa foi a análise de meu amigo, e espero que essa análise o ajude na hora de comprar esse jogo ou não. A minha não seria muito diferente, mas gostaria de que não houvesse comparações. Obrigado à galera que esperou um tempo razoavelmente grande para ler a opinião sobre o AC III, e também a a paciência de todos. Falou galera e até mais!